SOBRE O MIR
“Edificarão os lugares antigamente assolados, restaurarão os de antes destruídos e renovarão as cidades arruinadas, destruídas de geração em geração”. (Isaías 61:4)
O capítulo 61 do livro de Isaías exemplifica a missão da Igreja de Jesus Cristo. O Espírito do Senhor foi derramado sobre ela para pregar o Evangelho, curar os quebrantados de coração, libertar os cativos e pôr em liberdade os oprimidos. A Igreja precisa, ainda, consolar os que choram, anunciar o dia da vingança do Senhor, trocar as vestes de luto por uma coroa, derramar o óleo da alegria e vestes de louvor em vez de espírito angustiado, para que sejam chamados carvalhos de justiça.
Jesus citou o texto de Lucas 4:18-21 para dizer que nEle a palavra estava-se cumprindo. Ele chamou os Seus 12 e disse: “Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que eu estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos”. (Mateus 28:18-20).
Com o objetivo de cumprir essa missão, nasceu a Primeira Igreja Batista da Restauração em Manaus, nome com o qual foi registrada em seu nascimento, 19 de Julho de 1992. Recebeu esse nome, pois foi o próprio Senhor quem deu e também porque nasceu com um chamado específico: RESTAURAR.
A Restauração, em sua fase embrionária, foi gerada dentro de uma Igreja Tradicional, a Igreja Batista Memorial de Manaus. Muitas pessoas ouviam falar do que estava acontecendo na Igreja e vinham para ver. Tal fato começou a revolucionar os meios evangélicos e a Igreja foi crescendo assustadoramente. As multidões aceitavam Jesus como Senhor das suas vidas; havia toda sorte de gente: os que queriam aprender, os que desejavam ser curados, os que buscavam libertação... Mas, em meio a tantas pessoas, estavam também os escribas, os fariseus, os saduceus. Mas, até destes, muitos aprenderam, outros censuraram e outros tentavam apanhar alguma falta.
O Ministério para o qual o Senhor havia chamado o Pastor Renê Terra Nova e sua família não era o ministério da letra, mas do Espírito (II Coríntios 3:4). Deus os chamou da Bahia e os tirou do meio de seu povo, da casa de seus pais, a exemplo de Abraão, para plantá-los em Manaus/Amazonas, e iniciar um trabalho que sacudiria a Cidade, o Estado, o Brasil e impactaria as nações da Terra. Começava em Manaus um avivamento genuíno e que perturbaria aqueles que estavam presos à letra e arraigados às tradições humanas.
Porém, as mudanças não foram bem aceitas pela denominação. Então, em um culto lindo, cheio da presença do Espírito Santo, os representantes da Convenção Batista e os líderes da Igreja Memorial abençoaram a saída do povo para o começo de um novo Ministério. Assim, nasceu a Restauração, uma Igreja que não era rica nem numerosa – contava com apenas 169 pessoas.
Não havia local para reunir, mas Deus moveu o coração de Anselmo e Rose Vasconcelos, hoje ele Apóstolo e ela Pastora, para ceder a garagem da casa deles. Lá começou a Igreja. Mas foi um tempo curto, pois o Senhor logo providenciou um lugar lindo, espaçoso e confortável – um antigo cinema da Cidade. Esse foi o segundo lugar onde a Igreja permaneceu até que o Senhor movesse o Seu povo a construir um Palácio.
Assim como aconteceu nos dias dos Apóstolos, narrados no livro de Atos, a Igreja da Restauração crescia e se multiplicava. Em pouco tempo, já havia uma pequena multidão que foi crescendo até se tornar uma grande multidão. Vários cultos tiveram que ser estabelecidos pela manhã, à tarde e à noite. Era imprescindível a construção do novo templo, pois, apesar dos vários cultos, filas enormes se formavam em frente à Igreja esperando o horário seguinte. Fizesse chuva ou sol, a multidão esperava para entrar.
Era notório o agir de Deus. Missionários e Pastores de várias nações vinham para colaborar com o trabalho. Incentivavam marchar em frente. A Igreja era ensinada a amar Família – o alvo da graça divina, a menina dos olhos de Deus; olhar para Jerusalém – a cidade do grande Rei; deixar os altares de Roma e retornar à Sião, celebrando as Festas Bíblicas; aprender sobre Batalha Espiritual e compreender a dimensão ampla de louvor e adoração.
Chegou a hora de ir para o templo, em construção, da Ponta Negra no ano de 1999. Não havia piso, teto, portas. Porém, esses não eram obstáculos para impedir o crescimento, pelo contrário, a congregação crescia cada vez mais e mais. Os cultos estavam sempre cheios.
Ao ingressar na Visão Celular no Modelo dos 12, patamares maiores e vôos mais altos foram alcançados. Nasceram os Encontros e, com eles a volta ao princípio de Ganhar, Consolidar, Discipular e Enviar. Um renovo para a Igreja no Brasil através da busca da unidade entre as denominações e ministérios espalhados no país, a necessidade de conclamar o povo à santidade e a um caráter íntegro e irrepreensível diante do Senhor que nos amou e nos redimiu na cruz do Calvário.
Algumas mudanças e ajustes se fizeram necessários. Permanecemos na Visão Celular no Modelo dos 12 porque cremos que, antes de tudo, precisamos ser um modelo que mostre Jesus Cristo e viva verdadeiramente Seus ensinamentos.
Fica registrada a fé, a coragem, e o bom ânimo do Apóstolo Renê Terra Nova, líder levantado por Deus para conduzir um povo com unção, alegria e a realização dos objetivos e sonhos, um verdadeiro Josué dos tempos modernos. E, para executar essa tarefa gigantesca e sublime, o Senhor preparou uma equipe. Entre estes, como os valentes de Davi, merecem ser nomeados: Apóstolo Marcel Alexandre, fiel e leal amigo; o precioso casal Apóstolo Arão e Bispa Ester Amazonas, cheios de fé, coragem e muita sabedoria; Apóstolo Anselmo Vasconcelos, que sempre organizou as questões administrativas da igreja; o ungido levita Pastor Gilmar Brito, que renunciou os estudos de engenharia para ser um vaso de honra nas mãos do Senhor. Deus providenciou profissionais competentes em todas as áreas, como está escrito em I Crônicas 28:21.
Hoje a Igreja é composta pelos Apóstolos Renê e Ana Marita Terra Nova, pais autênticos que ensinam a sonhar e a lutar pela conquista dos alvos que o Senhor tem proposto, mais Apóstolos, Bispas, Pastores, Líderes de Células, heróis quase que anônimos dessa grande conquista, e muitos, muitos discípulos que fazem parte dessa magnífica história.
O Templo
Um visionário: Apóstolo Renê Terra Nova. Um pequeno povo: Restauração. Um grande Deus: o Todo Poderoso. Esse trio invencível tornou possível o que hoje se vê concretizado: UM PALÁCIO PARA DEUS.
Na história dessa construção, muitos desafios foram vencidos. O primeiro grande desafio foi a AQUISIÇÃO DO TERRENO. Ninguém imaginava que o Senhor já havia reservado, numa nobre área da cidade, um lugar para ser erguido um palácio para Deus. Metade do terreno foi doada por um discípulo do MIR, Demétrio Sales, mas a outra precisava ser comprada. O milagre seria levantar, em 17 dias, 200 mil reais para essa aquisição. Que façanha para um povo formado por pouco mais de mil pessoas, sem nenhum milionário entre eles! O alvo foi atingido e o Senhor glorificado.
Em 1995, nasce a primeira campanha EU TOMO POSSE. Nessa campanha, foi lançado um CD que não somente ajudou a levantar recursos com sua venda, mas marcou cada membro com músicas memoráveis (Ouça trechos das músicas no final do texto). Na época, foi sorteado, numa Ação entre Amigos, um carro doado pelo Pastor Renê Terra Nova. Várias barracas de comidas, de vendas de jóias, de artesanato e de tantos outros itens doados pelos irmãos, foram colocadas no estacionamento da Igreja para angariar recursos. Era lindo ver toda a comunidade trabalhando com alegria, amor e fé, dando os primeiros passos para edificar um Palácio para Deus.
No dia 12 de Dezembro de 1997, em uma tarde marcada por um pôr-do-sol sobrenatural, foi lançada a PEDRA FUNDAMENTAL no local em que está situada a Torre de Oração. Lá, foi colocado um cântaro com o nome dos discípulos, livro de ouro contendo doações para a construção, boletins da Igreja, enfim todo o histórico da PIBREM, Primeira Igreja Batista da Restauração em Manaus, também conhecida como Ministério Internacional da Restauração.
DEI MAIS UM PASSO e ESTOU CAMINHANDO foram as novas campanhas lançadas. Na ocasião, o Templo estava começando a ser erguido. A Igreja contava com uma palavra do Senhor de que à medida que as paredes começassem a ser levantadas, os recursos estariam chegando. À medida que o Templo fosse construído, Deus ergueria Seu Templo em cada membro.
Em Novembro de 1998, entra em cena a campanha ESTOU CHEGANDO. As obras estavam adiantadas. Nessa fase, a comunidade promoveu um feirão de móveis e eletrodomésticos, chás e jantares mensais, atividades sociais no estacionamento, sorteio de um carro... Tudo sempre com o objetivo de angariar verba para a construção. Cada projeto foi regado com o adubo principal: vigílias de oração, intercessão e jejum. E o Senhor, a cada passo, fez prosperar o Seu povo.
Em outubro de 1999, a Restauração realizou a CAMINHADA DE TOMADA DE POSSE. Os Pastores Renê Terra Nova e Arão Amazonas, em cima de um trio elétrico, conduziram a multidão de restaurenses e congressistas do Brasil do Centro à Ponta Negra, um trecho de quase 10km, sob uma temperatura de 36º. No meio do povo, Pastor Marcel Alexandre, com a simpatia que lhe é peculiar, ajudava a conduzir a Igreja que, com alegria e entusiasmo, louvava o nome de Jesus e cantava: ‘Tomemos posse, em nome de Jesus. Há um milagre em nossa boca. Marchemos firmes, retendo a confissão...’
A Igreja passou a cultuar no ‘Templo’ da Ponta Negra, um local sem paredes, sem teto, com chão de barro... Foram muitos os banhos de chuva em pleno culto! Mas que alegria, que unção, que poder de Deus! O primeiro culto, em uma noite esplêndida de luar, lembrava a abertura da Festa dos Tabernáculos no deserto de Kumran, em Israel! A presença de Deus era palpável! Só mesmo o Seu poder para mover um povo dessa forma, a ponto de não medir nenhum esforço, não temer ficar doente em decorrência dos banhos de chuvas que, diga-se de passagem, não foram poucos!
Em 2000, nasce mais uma estratégia, PACTO DA COBERTURA. Por 90 dias, a Igreja da Restauração vestiu azul. Os homens não fizeram barba, as mulheres não usaram maquiagem nem jóias, não pintaram as unhas e ninguém cortou o cabelo. Os que entrassem no pacto deveriam cumpri-lo segundo Eclesiastes 5:4,5. O resultado dessa aliança de sacrifício feita entre Deus, o Pastor Renê e a comunidade foi surpreendente. Os engenheiros não acreditaram que, em um período tão curto, o teto pudesse ser coberto em sua totalidade. Mas, a fidelidade de Deus foi maior que o ceticismo e, em três meses, o telhado foi erguido.
Em meio ao pacto do azul, veio o PROJETO G-300. Assim como Gideão teve 300 valentes para lutar contra os midianitas, Deus levantou valentes em Manaus e em várias Igrejas em células no Brasil que pelejaram essa guerra. O teto foi finalizado em março de 2001. Em Novembro do mesmo ano, o Pastor Renê foi ungido Apóstolo.
PROJETO ESDRAS, CONSTRUA DEPRESSA. Essa campanha alavancou o maior número de recursos. Até hoje, muitos testemunhos de bênçãos são contados através desse projeto. O projeto recebeu esse nome porque Esdras era um adorador, um homem de avivamento, um construtor. O projeto deveria durar 10 meses, todavia, por causa da aquisição das centrais de ar condicionado, o projeto necessitou de um reforço chamado EU DIGO SIM PARA O APÓSTOLO. O êxito foi tremendo e os objetivos alcançados!
Foi lançado o PROJETO NEEMIAS com decretos proféticos para todos aqueles que se uniam como cooperadores dessa obra. Neemias foi o restaurador dos muros, das casas, do Templo e das famílias de Jerusalém quando os judeus estavam cativos sob o domínio de Artaxerxes. Foi um restaurador por excelência e obteve êxito em tudo o que fez. Construiu os muros de Jerusalém em 52 dias, e no 53º dia convocou o povo a entrar em suas casas. Muitos que participaram do projeto testemunharam a bênção de adquirir a casa própria.
Finalmente, o PROJETO SALOMÃO nasceu como arrancada final para a conclusão do Templo. Foi profetizada a unção dos nobres, pois os filhos de Deus precisam ter projetos nobres (Isaías 32:8) e viver com nobreza de caráter. Certamente foi preciso cruzar muitos desertos e entre os Josués e Calebes que o Todo Poderoso levantou, não faltaram aqueles que só viam os gigantes. Porém os desertos foram cruzados e a Restauração entrou na Canaã com os gigantes destruídos para a glória do nome de Jesus!
O Templo está concluído e a Família Restauração está como quem sonha! Muitos foram os colaboradores nessa caminhada. Muitos são os que fazem parte desta história. Nessas paredes, teto e chão estão a oferta do pobre e do rico, moedinhas e milhões, carros, casas, terrenos e jóias que foram doados com a certeza de que o Senhor retribui multiplicadamente àquele que tem um coração voluntário. Ao Senhor toda honra, glória e louvor porque Ele é bom e a Sua fidelidade dura para sempre.